quarta-feira, 30 de abril de 2008

Jabuticaba


Musica Jabuticaba por Bebel Gilberto

Neste mês as Jabuticabeiras da cidade floresceram e lotaram os galhos com seus frutos muito doces, suculentos e de um visual inquietante.
Minha companheira matinal já há alguns anos esta esplendorosa arvore fica no estúdio onde pratico Ashtanga, e vejam qual não é a minha sorte de ser brindado com este surreal café da manhã literalmente no pé da dita cuja. Esta arvore em particular costuma dar frutos de três a quatro vezes por ano, normalmente esta espécie floresce duas vezes ao ano. Será que é a energia do local? Quem vai saber?
De origem brasileira esta espécie é nativa da mata atlântica encontrada principalmente em Minas Gerais, de onde tive minha melhor experiência com a fruta. Em uma viagem a Ouro Preto, ficou até hoje na minha memória, os fins de tarde sentado nas escadarias de alguma igreja degustando sacos e sacos desta rara espécie.
Dizem que a ingestão em excesso provoca prisão de ventre, lenda ou não, temos a receita caipira para cortar este efeito: a cada 10 frutas engolidas mastigue bem a casca de um fruto e engula.
Podemos prepará-las de vários modos tais como, geléia, vinho, vinagre, licor, aguardente entre outros, porem a degustação in natura bem geladinha é insuperável. Como ninguém é ferro segue minha sugestão: Black Martini Jabuticaba (criado especialmente para relançamento da Smirnoff Black )

Black Martini Jabuticaba

- 50 ml de vodka Smirnoff Black
- 12 jabuticabas
- gelo
- 1 colher de bar de açúcar de baunilha (aquele usado em confeitaria, no mercado fica perto do fermento em pó)

Em uma coqueteleira coloque as jabuticabas e uma colher de açúcar de baunilha. Macere até obter um suco e adicione uma pá de gelo. Junte a vodka. Agite até que a mistura fique gelada e coe em uma taça de martini. Como guarnição, utilize uma jabuticaba.

Para saber mais sobre Jabuticaba clique aqui

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Fabio Delduque apresenta “Órbitas” na Galeria Vermelho


O artista plástico Fabio Delduque apresenta no dia 29 de abril a performance “Órbitas”, a partir das 20:30 horas, na Galeria Vermelho, em São Paulo.

No tempo de uma aparição única, “Órbitas” contrapõem civilização e mistério, o frenesi dos jornais e o vagar dos astros. Repõe, desde o presente, a visão primeira do cosmo imenso, no seio da metrópole. É resgate e profecia. A queima de jornais é de tempo acelerado, o passeio dos planetas tem o ritmo do que não se sabe.

A performance traz uma mistura de linguagens artísticas na qual dialogam pintura, vídeo, instalação, teatro, música e dança, com objetivo de congregação entre as artes e o público.

Para isso, Fábio reuniu um time de peso, contando com as participações da cineasta e musa cult Helena Ignez e sua filha, a atriz Djin Sganzerla, os atores Felipe Kannenberg e Fabiola Karnas, além do ator e dançarino de butô Sandro Karnas.

A trilha sonora será executada ao vivo e tem a assinatura de Danilo Tomic e Tatá Aeroplano. Nas paredes, projeção de André Guerreiro Lopes, que fará o registro da performance ao vivo junto com Carlos Pedreañes e Floriana Breyer.

Serviço:

Órbitas
Performance com Fabio Delduque
29 de abril, das 20:30 às 23 horas
Galeria Vermelho
r. Minas Gerais, 350 – 3257.2033
www.galeriavermelho.com.br

mais informações:

namidia assessoria de comunicação
(11) 3034.5501
francine ramos – ramal 31
francine@namidiacom.com.br
gisneila souto – ramal 23
gi.souto@namidiacom.com.br
www.namidiacom.com.br

terça-feira, 22 de abril de 2008

Marina de La Riva + Mojitos

O Palco do Tom Jazz recebeu sexta-feira 19/04 uma mistura de rumbas e outros ritmos cubanos com o samba, a bossa nova, o forró e até um sopro de Chet Backer climatizados para as Américas de Baixo. A anfitriã impressionou pela simpatia e grande presença de palco cantando de forma muito competente clássicos da musica cubana alem de Dona Ivone Lara, Moraes Moreira e até marchinhas de carnaval. Para homenagear o pai da cantora que é cubano (a mãe é brasileira), publicamos uma receita de Mojitos coletada diretamente da grande Islã pelos meus amigos da praia. Assistam ao vídeo com as fotos do show ouvindo esta grande promessa do país das cantoras.




Marina’s My space

Marina’s Site Oficial

Mojitos

1 medida de rum
Suco de 1 limão
1 colher (chá) de açúcar
Folhas de hortelã frescas
Água mineral com gás
Gelo mal picado
Modo de Preparo

Em um copo longo socar suavemente a hortelã, o açúcar e o limão, adicione o rum e o gelo picado até encher 2/3 da capacidade do copo . Complete com água mineral com gás e mexa bem.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rigatoni alla Romana


Corre a boca miúda pela família que meu tataravô materno, Luigi Melchiore foi cozinheiro do Rei italiano Humberto I. Ainda não consegui confirmar esta historia porem tem uma série de receitas que são feitas na casa da minha avó, que segundo ela foram ensinadas pelo il cuoco del Rei.

Este prato foi colhido pela filha do il cuoco, Anita Melchiore, tia da minha vó, portanto minha Tia. A razão deste prato é a seguinte: O marido da Anita, tio Evandro Taddei, Italiano de Roma, que trabalhava como alfaiate na Alfaiataria Metropolitana localizada na Ladeira Porto Geral, onde foi “Tesoura de Ouro” por vários anos adorava este prato e como bom romano não passava uma véspera de natal sem o tal do rigatone que segue abaixo.

Receita

Rigatoni cozido em 70% do tempo indicado na embalagem e resfriado em água com gelo.

Recheio

Queijo pecorino romano (tem que ser Italiano Romano) 100 gr
Queijo parmesão (pode ser de grana) 100gr
Nozes moídas em pasta (processador) 100 gr
Noz Moscada 1/3 ralada na hora
Pimenta do reino a gosto
Molho de tomate quente para dar liga ( +/- 1 colher de sopa)
Misturar tudo até atingir consistência de recheio.
Sal a gosto

Molho de Tomate

Tomate Maduro 1 kg
Tomate Pelati 1 lata (opcional, ajuda a reduzir a acidez do tomate brasileiro)
Bouguet garni 1 (amarrar um punhado ervas frescas variadas que tiver na mão)
1 colher de chá de açúcar
Sal a gosto

Bater no liquidificador, peneirar e cozinhar por 20 minutos juntamente com o bouguet garni, com panela destampada.

Montagem

Rechear os rigatonis, não completamente aproximadamente 40% do espaço interno, colocar em uma travessa refrataria, um ao lado do outro, cobrir com molho de tomate quente, assar em forno por 20 minutos a 180 graus, ao servir pulverizar parmesão e/ou pecorino ralados, pimenta do reino e um fio de azeite extra virgem.

Vinho

Barolo 2000 Gromis (Gaja). É um Barolo elegante e equilibrado com toques de café, fruta escura e cacau, combinou muito bem com o pecorino e a noz moscada do recheio do Rigatoni.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ioga, você pratica? + Iogi Tee

Recebi um e-mail da minha amiga e iogi Suely que observou “Não vi muitas torções pelo blog...”, claro que ela esta certa, pois na descrição deste blog dou a entender que retrataremos também sobre Ioga.

Bom !Vamos falar de ioga. Ando meio taciturno com o que acontece com o mundo do ioga, agora até apelidado de McYoga, também não é por menos, as academias de ginásticas, os estúdios, os professores, etc., foram contaminados pelo marketing, pelo merchandise, pelo comercio e até andam vendendo ilusões de algo que a milenar pratica poderia desenvolver.

Falar de Ioga não dá. Você tem que praticar diariamente por muitos e muitos anos para poder sentir e entender o que acontece, e se não mergulhar nas profundezas da pratica diária (respiração, concentração, contração dos Bandhas), seu corpo estará apenas fortalecendo e alongando a musculatura.

Podemos por enquanto abordar os fatos históricos de como a tradição migrou da Índia para o ocidente lendo o artigo que é uma espécie de biografia do nosso grande mestre Tirumalai Krishnamacharya, o qual foi responsável por adaptar a milenar tradição, conceituada por Pátañjali e baseada nos asanas do Hatha Yoga , para o ocidente.

O Legado de Krishnamacharya em inglês AQUI ou em português AQUI. (imprima e leia com calma é muito interessante)

Assista a este incrível vídeo do mestre em 1938.




Yogi Tee

1 ¼ litros de água
8 cravos da índia
8 Grãos de pimenta do reino preta
13 bolsas de cardamomo
2 colheres de sopa de gengibre ralado ou picado
1 lasca de canela
1 Saco de chá preto
1 xícara de leite de vaca ou soja ou arroz
Mel ou açúcar mascavo a gosto
Deixe os ingredientes secos de molho em água durante a noite ( cravo, pimenta do reino, cardamomo, canela ).
Ferver por 30 minutos os ingredientes secos na mesma agua em que ficaram de molho mais o restante para completar 1 ¼.
Adicionar o leite e ferver por 5 minutos.
Adicionar o chá preto e ferver por 1 minuto .
Desligar o fogo e apos 5 minutos adoçar com mel ou açúcar mascavo a gosto

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Feijoada Baiana para o Cinqüentenário de Marcinha Alvarez

Fim de semana no Rio de Janeiro. Achei que por causa da dengue iria embarcar numa boa na ponte aérea, ledo engano, as 17h00 já estavam esgotadas todas as passagens da ponte aérea, quase que eu danço.
Minha comadre que nasceu em Santos mora no Rio e se espiritualiza na Bahia de todos os santos, completou meio século de vida com um almojanta dancing no sábado. A lembrança oferecida aos convidados não poderia ser mais original, um CD com as musicas que marcaram sua vida, inesquecível.


Quanto a Feijoada baiana a única diferença é que ela é feita com feijão mulatinho.

Menu :
Acarajé da Keka “fenomenal” ( receita de acarajé aqui )
Feijoada Baiana
Bolos e Doces
Muita MPB com DJ.Marcelo

Feijoada Baiana

Ingredientes:

1 kg de feijão mulatinho
700 g de charque
200 g de toucinho
500 g de carne bovina
400 g de rabo de porco
300 g de orelha de porco
600 g de costela de porco defumado
400 g de chouriço ou paio
200 g de tomate
250 g de cebola
5 dentes de alho moídos
5 ramos de hortelã
10 g de pimenta-do-reino moída
4 colheres (sopa) de extrato de tomate
5 folhas de louro
Sal a gosto
Massala opcional 1 colher de sobremesa: Torrar e moer na mesma proporção grãos de cominho, coentro, erva-doce e mostarda.

Modo de preparar:

Elimine o excesso de gordura das carne.
Deixe de molho as carnes salgadas de um dia para o outro, trocando a água para retirar o sal. Refogue as carnes no toucinho acrescentado o feijão e a água necessária.

Tempere com um refogado de tomate, cebola, alho, hortelã, pimenta-do-reino, extrato de tomate e louro e massala (opcional).

A proporção que for cozinhado retire as carnes que forem amolecendo até que o feijão fique cozido. Sirva com farinha de mandioca, arroz natural, couve manteiga refogada em azeite e alho.

Rendimento: 15 porções

domingo, 6 de abril de 2008

Trio Jacarandá na Casa de Francisca

☺☺☺☺☺
Em um antigo sobrado localizado no inicio da rua José Maria Lisboa, nas beiradas do Jardins, onde o bairro ainda guarda alguma identidade como o sapateiro, a quitanda, o chaveiro, entre outros que ainda habitam o bairro, desde há muito tempo, nasceu em janeiro A Casa de Francisca (Rua José Maria Lisboa, 190 fone 3493-5717 - melhor reservar). Pequena, com capacidade para 35 pessoas, porem muito aconchegante lembrando os cabarés dos anos 30 na Europa. O serviço é pra lá de atencioso acompanhado de perto pelos donos e com um cardápio enxuto porem bem honesto, recomendo o Couscous Marroquino e o Falafel.
No pequeno palco acontecem shows de altíssima qualidade que são apresentados diariamente como o que vimos na ultima 6ª feira com o trio Jacarandá (em cartaz todas as 6ª feiras até dia 25/4).

O violinista Ruy Weber transcreveu fielmente do piano para dois violões ( 6 e 7 cordas) as musicas populares compostas e arranjadas por Heitor Villa - Lobos como Canção do Poeta do Século XVIII (com Alfredo Ferreira), Viola Quebrados (com Mário de Andrade), Trenzinho do Caipira (com Ferreira Gullar) e O Canto do Pajé ( com C.Paula Barros).

Alem das composições próprias do Villa o grupo incluiu no set do show pérolas do folclore brasileiro resgatado e arranjado pelo mestre como O Rei Mandou me Chamar e Remeiro do Rio São Francisco.

Nas voz grave da excelente contralto Jurema Gallo as musicas do Villa são cantadas magistralmente sem microfones ou amplificadores, e ainda comentadas com historias sobre fases da vida do mestre. Confira a programação da casa no Blog da Casa de Francisca .

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Itamar Assumpção não Morreu


Domingo à noite (30/03), no 13º andar do edifício Sesc Paulista, renasceu mais uma vez, para quem esteve presente, o grande Beleléu, Nego Dito, ou para os íntimos o velho “Ita”, símbolo da vanguarda paulistana dos anos 80, que subiu aos céus em 12 de julho de 2003.

A ressurreição se deu em poemas deixados pelo próprio Ita com endereço certo: deveriam ser musicados por Sergio Molina (Cantor, compositor e parceiro) e Cantados por Miriam Maria (Orquídeas do Brasil), cujo projeto deu o nome ao show “Sem pensar, Nem pensar” que acontece até dia 20 de abril, sempre aos Sábados e Domingos.

Musicas muito bem composta no velho estilho da vanguarda paulistana, muita dodecafonia, arranjos belíssimos e uma banda muito afiada formaram o pano de fundo para Miriam Maria (Vocalista da Banda Orquídeas do Brasil) afinada como só ela, nos remeter ao universo deste genial compositor.

Espetáculo imperdível, para ter uma amostra das musicas entrem no Myspace do Projeto.