segunda-feira, 30 de junho de 2008

J’ arrive a Paris

Nada como chegar em Paris num domingo ensolarado e para tirar o desconforto de mais de dez horas de voo, um lanchinho nas margens do rio Sena.
Tem um lugar muito especial que fica em frente a Pont Neuf chamado Square du Vert-Galant de onde se vê um belo visual do rio, da Pont des Artes e com um por do sol deslumbrante.
Para o lanchinho escolhemos algumas frutas da estação, framboesa e cerejas, baquettes, pain aux chocolat, queijo camenbert e um tinto du Languedoc.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sem alho e sem cebola, é possível?

Claro que é. Temos que nos remeter ao oriente e mais precisamente ao sul da Índia, que é onde se pratica grande parte da culinária vegetariana daquele país para acharmos varias receitas sem estes temperos.



Certa vez participei de um wokshop de yoga em Turku na Finlândia, onde a alimentação, claro, era vegetariana e sem a utilização de alho e cebola, a explicação é que estes temperos prejudicam a concentração e atrapalham na meditação. Portanto foram 10 dias sem alho e sem cebola. Confesso que não senti nenhuma falta, mas sinceramente também nenhuma diferença quanto à concentração.


Este tema apareceu no ultimo jantar que preparei antes de partir para mais uma expedição cultural-gastronomica, desta vez para o velho mundo. Foi assim, Camarões ao coco com perfume de feno grego, Mamão papaia verde com amendoim, e para acompanhar um arroz basmati só cozido com sal.

Camarões ao coco aromatizado com feno grego

1 colher de chá de pasta de tamarindo
1 colher de chá de sal grosso
½ colher de chá de cúrcuma
500 gramas de Camarão só com a casca do rabo
1 xícara de coco ralado na hora
1 colher de chá de sementes de feno grego
1 colher de chá de sementes de cominho
2 pimentas dedo de moça fresca sem sementes (pode ser mais ou menos)
2 colheres de sobremesa de óleo de canola
1 colher de chá de semente de mostarda
12 folhas de curry frescas (não use seca) ou uma folha de louro
Um punhado de salcinha picada

1. Misture o tamarindo, o sal e a cúrcuma em uma vasilha. Adicione os camarões e deixe marinando na geladeira por 30 minutos até no Maximo 2 horas.
2. Coloque no processador de alimentos ½ xícara de água morna, o coco ralado, as sementes de feno grego, de cominho e as pimentas frescas. Bata até formar uma pasta meio pedaçuda.
3. Em uma frigideira, aqueça o óleo em fogo alto e em seguida acrescente as sementes de mostarda. Tampe a panela e quando as sementes começarem a pipocar (após 30 segundos), inicie a fritura dos camarões 30 segundos de cada lado. Transfira-os para um prato.
4. Na mesma panela adicione a pasta processada, as folhas de curry (ou de louro) e ponha para ferver com a panela destampada, após atingir o ponto de fervura adicione os camarões grelhados e cozinhe por até cinco minutos adicionando água se necessário. A mistura deverá ficar com cor salmão. Adicione a salcinha e sirva imediatamente.


Papaia verde com amendoim

500 gramas de papaia verde
½ colher de chá de pimenta vermelha em pó
½ colher de chá de cúrcuma
½ colher de chá de assafédita
¼ de xícara de amendoim torrado e sem casca
2 colheres de chá de óleo de gergelim
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 ½ colher de chá de sal grosso
1 colher de chá de açúcar cristal
1 tomate sem pele e sem sementes, picado
2 colheres de chá de folhas de coentro fresco, picadas

1. Picar o mamão, sem a casca e sem o miolo, em cubos.
2. Misturar o mamão com a pimenta vermelha em pó, a cúrcuma e a assafédita. Marinar por alguns minutos.
3. Processe o amendoim até virar uma farinha de textura grossa.
4. Esquente o óleo em fogo alto, adicione as sementes de mostarda e tampe a panela até começarem a pipocar (+/- 30 segundos) Reduza o fogo e adicione a farofa de amendoim e refogue-a mexendo constantemente por 1 minuto.
5. Adicione o papaia picado e o tomate e refogue por mais 1 minuto.Adicione um copo de água, o açúcar e o sal. Reduza o fogo e cozinhe com a panela tampada por aproximadamente 30 minutos, mexendo e corrigindo o liquido de vez em quando até o mamão se dissolver ao toque de um garfo. Adicionar o coentro e servir em 1 minuto.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dia dos namorados em casa ( ô sorte ! )

Na ultima 5ª feira dia dos namorados, andava meio atrapalhado com serviço atrasado, cansado ainda do fuso horário chinês, e sem nenhuma disposição para sair com a dona da pensão para jantar fora. Eu pergunto: Alguém já tentou reservar de ultima hora um lugar em algum excelente restaurante, ou já tentou ir, no seja o que Deus quiser, e encarar aquela espera em que você observa os casais romanticamente conversando e nada de pedir o café. Pois é meus problemas terminaram, resolvi fazer um jantarzinho para patroa com um bom vinho e um chazinho surpresa no final.


Antes de chegar a casa em vez de uma floricultura passei na La Bufalina onde comprei 4 lindas, suculentas, cremosas e deliciosas mussarelas de búfala muito frescas, eles recebem as perolas leitosas todos os dias, feitas no dia. Em minha opinião as melhores de São Paulo.

Ficou assim, inspirado em uma receita do Claude Troisgros fiz um carré de cordeiro da seguinte forma: Temperei a peça toda com sal e pimenta do reino e selei-a em uma frigideira com azeite. Em seguida retirei os ossos de modo que a carne ficou com um formato de um rolinho, de uns 20 cm de comprimento, tornei a selar a parte onde estavam os ossos e em seguida foi para o forno a 250 oC por 30 minutos.

Separei os ossos e voltei-os para mesma frigideira dei uma boa fritada e acrescentei cebola, salsão e cenoura tudo bem picadinho. Refoguei por 5 minutos e acrescentei um copo de vinho tinto, o mesmo que servi no jantar, após o vinho evaporar o teor alcoólico acrescentei ervas frescas picadas e uns 300 ml de água, aumentei bem o fogo para iniciar a redução, acrescentando sempre água para não queimar. Já no final depois de uns 20 minutos de cozimento acrescentei um pouco de shoyu, para dar cor e salgar e um pouco de aceto balsâmico para dar um toque de acidez. Mais uns 10 minutos e retirei os ossos e despejei o conteúdo restante no passador de legumes, voltei para frigideira e juntei uns pedaços de manteiga para dar uma aveludada na redução e corrigi o sal. Retirei a carne do forno e fatiei bem fininho, com a cor perfeitamente rosada espalhei o molho reduzido sobre a carne.



De entrada saiu uma salda de tomates caqui e as mussarelas de búfalas.
Para acompanhar o prato fiz um arroz basmati, trazido diretamente do Paquistão, com açafrão iraniano e decorado com laminas de castanhas tostadas na frigideira. Alem do arroz fiz um purê de batata doce com cardamomo inspirado na receita do blog Da cachaça pro vinho .



Pronto ! Minha namorada (esposa há mais de 15 anos) adorou e de quebra apresentei um chá cuja montagem é feita com folhas de chá verde e flores de jasmim, tudo desidratado parecendo uma rolha de champagne, que ao colocar em uma taça de vinho e adicionar água quente o arranjo se hidrata numa linda flor, com perfumes e sabores encantadores. Acho que me dei bem.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Restaurante Paquistanês em Dubai

Agora foi um taxista Paquistanês que vive há mais de 20 anos em Dubai que nos indicou esta perola no meio do deserto. Saímos um pouco do circuito “ Rich People” e fomos para o bairro de nome Al Karama (Dera), que é onde mora a grande massa de imigrantes trabalhadores em sua maioria paquistaneses e indianos. Lá encontramos este “Pé Sujo”, também bem limpinho e pudemos degustar a comida do noroeste do Paquistão que faz divisa com o Afeganistão. De sabor intenso, forte e penetrante, com as pimentas aromatizando e exaltando sua ardência nas primeiras bocadas, saboreamos a verdadeira comida das montanhas onde provavelmente o Sr. Bin Laden reside e com certeza esta é sua dieta diária.

Meu parceiro de viagem, Mr. Khalid, paquistanês de nascimento e brasileiro de coração, quase não abriu a boca durante o jantar, e olha que ele adora um papinho, de tão emocionado que ficou comendo com as mãos os curries e nans fartamente servidos neste belo local.


Nan quentinho direto do tandoor, um sonho......

Iogurte para acalmar o teor de ardume

Frango

Cordeiro

Chá preto com folhas frescas de hortelã (Otima opção de para variar o chá)

Karachi Darbar
Rua Omar Bin Al Khattab Road, near Fish Roundabout
Bairro Al Karama (Dera)
Fone +971 (4) 2249594
Aberto diariamente das 4am - 2am


Pão Nan

O pão típico da índia chama-se nan. É um alimento nobre, servido
em banquetes, casamentos, festas de aniversário, hotéis e
restaurantes. Além de muito gostoso, é preparado de uma maneira
simples e assado de um jeito diferente: na parede do forno.

O forno se chama tandoor. É de barro, aquecido com carvão e
embutido no chão, com formato de vaso. O segredo da massa do nan
é ficar meio úmida, nem seca nem molhada demais. A tradição é
sempre comer com a mão direita pois, com a esquerda, eles fazem a
higiene pessoal.

Ingredientes

- 1/2 kg de farinha de trigo
- 1 colher de sopa de açúcar
- 30 g de fermento em pó
- 1 colher (chá) de sal
- 40 g de manteiga sem sal clarificada (Usli Ghee)
- 1 ovo
- 100 ml de iogurte natural
- 1/2 xícara de água

Modo de Preparo

Coloque todos os ingredientes em um recipiente.
Mexa até a massa ficar homogênea. Coloque na geladeira por no mínimo de 4 horas máximo 2 dias.
Separe a massa em 10 bolinhas.
Em seguida, deixe a massa descansar por aproximadamente 1,5 horas..
Abra com um rolo de macarrão e coloque para assar até a casca do
pão ficar dourada.

Para assar no forno tradicional:

Aqueça o forno a 300ºC.
Numa assadeira média, coloque a massa aberta em uma forma oval
(não é necessário untar). Deixe assar por três min.
Após assado, pincele com manteiga quente a gosto.

Para assar na frigideira:

Numa frigideira média (de preferência, com teflon), abra a massa
em forma oval e deixe assar por dois min. Tampe a frigideira.
Após assado, pincele com manteiga quente a gosto.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Restaurante Iraniano em Dubai

Dando uma volta pela cidade velha de Dubai pegamos uma dica com Paquistanês, que vendia pistaches e especiarias, de um restaurante iraniano frequentado pelos iranianos locais, um “pé sujo” até que bem limpinho com uma comida simples e deliciosa, que até lembrava a comidinha da Mama.

A culinária Iraniana é muito interessante, pois utiliza toda aquela gama de especiarias disponíveis aqui pelo oriente, porem sem abusar da pimenta, resultando em uma comida muito aromática, fresca, e bem saudável.


Pão tipo nan


Homus


Salada mista


Arroz com cordeiro ( Adas Polow )


Kebab Misto. Frango, cordeiro e vaca


Prato Montado com Raita (salada de iogurte e pepino)


Endereço

Bani Yas Street, Near Dubai Islamic Bank, Opposite Al-Kahleej Hotel.


Arroz Iraniano - Adas Polow

500 gramas Cordeiro
500 gramas Arroz Basmati
400 gramas Lentilhas
100 gramas Tâmaras
120 gramas Uva passas
1/2 colher de chá Açafrão
2 Cebolas Grandes
Óleo de Oliva
Sal a gosto
1/2 colher de chá Massala com partes iguais de cardamomo, canela, erva-doce e cominho.
1/2 colher de chá Curcuma
1/2 colher de chá Pimenta do Reino

Cozinhe o arroz e a lentilha (sem formar caldo grosso) separadamente a seu modo.

Frite a cebola picada em óleo até ficar dourada, acrescente o cordeiro em cubos, o sal, a Curcuma, a pimenta do reino e o massala. Continue fritando por uns 10 minutos, se começar a secar adicione um pouco de água.

Junte todos os ingrediente em uma panela anti-aderente, junte um pouco de água e óleo para manter a umidade e cozinhe por uns 10 minutos em fogo muito baixo. Dissolva o açafrão em um pouco de água quente e adicione à mistura, misture tudo e sirva.

domingo, 1 de junho de 2008

Futebol Brasileiro na China

Até então desconhecido para os chineses, o futebol brasileiro virou mania entre os discípulos de Mao Tse Tung. Quando somos indagados “Welioflon” (de onde você vem) é so pronunciar a palavra mágica Baxí (Brasil) que a alegria se estampa na face dos chineses de qualquer idade ai é só alegria: “-Futebol, Kaka, Lonaldo, Leolinaldo, Baxí, Baxí”

Para se ter idéia do sucesso, nosso maior jogador virou propaganda de pastilhas para dor de garganta.


A Cultura do Chá

Visitamos um jardim de chá que pertenceu ao Império da Dinastia Ming há mais de 400 anos. Atualmente foi convertido no Instituto de Ciência e Pesquisa do Chá de Guilin.

Para os chineses os 7 elementos para que a vida diária seja completa são: Fogo, Arroz, Óleo, Molho de soja, Sal, Vinagre, e Chá .Portanto sem o chá a vida não se completa.

“Beber” chá e “degustar” chá são hábitos completamente diferentes na cultura chinesa. Enquanto se “bebe” o chá para refrescar o corpo e torná-lo mais saudável, o habito de “degustar” o chá envolve sentimentos como o de sentir a briza do mar, admirar o brilho da lua, observar as árvores, as nuvens, a neve...

Olhando por um enfoque Zen, ao “degustar” o chá o próprio ritual libera uma fragrância não opressiva criando um sentimento de amizade e paz nas pessoas a sua volta.

Aprecie as imagens do Jardim de Chá clicando na foto abaixo.

Cultura do Cha